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Estudo avalia pescarias de espinhel pelágico que capturam tartarugas incidentalmente

30/01/2017 - A pesquisa utilizou a base de dados do TAMAR com informações de 2000 a 2016. Leia mais. ↓

“Pescaria como unidade de gestão para o monitoramento, avaliação e mitigação da captura incidental de tartarugas marinhas na pesca” é o título da dissertação de mestrado profissional em Ecologia Aplicada à Gestão Ambiental, na Universidade Federal da Bahia, defendida pelo biólogo do Projeto TAMAR Bruno Giffoni. O trabalho foi orientado pelo Prof. Dr. George Olavo, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), e co-orientado pelo analista ambiental do ICMBio Msc. Gilberto Sales. A pesquisa utilizou a base de dados do TAMAR com informações sobre a captura incidental de tartarugas marinhas na pesca de espinhel pelágico entre os anos de 2000 e 2016.

Esta modalidade de pesca é realizada no Brasil desde a década de 50 e está voltada principalmente para a captura de atuns (Thunnus spp), meca (Xiphias gladius), dourado (Coriphaena hippurus) e tubarão azul (Prionace glauca). “Para capturar cada uma dessas espécies, os pescadores usam diferentes estratégias e tecnologias de pesca. No entanto, estas não alteram somente a captura das espécies-alvo, mas influenciam também as capturas incidentais de tartarugas marinhas”, conta Bruno Giffoni.

A pesquisa propõe que os órgãos de gestão e ordenamento pesqueiro nacionais e internacionais separem os espinhéis de acordo com suas características para melhor compreender o fenômeno: 'captura incidental de tartarugas marinhas, suas causas e consequências'. “Porém, na prática, essa diferenciação não tem sido feita e, usualmente, a pesca de espinhel pelágico é analisada como se fosse uma única unidade de gestão, homogênea quanto aos seus efeitos sobre a biota”, explica Giffoni.

O trabalho separa a pesca de espinhel pelágico, de acordo com suas características, em cinco pescarias distintas. O pesquisador partiu do conceito de pescaria proposto pelo Projeto TAMAR desde 2001, que leva em conta as diferenças existentes entre os espinhéis pelágicos e considera cada pescaria como uma unidade de gestão independente para o monitoramento, avaliação e mitigação das interações entre as tartarugas marinhas e a atividade pesqueira. "Isto traz implicações relevantes não só para a conservação de tartarugas marinhas, como também para a economia, o ordenamento e a gestão da pesca", destaca o Giffoni.

O Projeto TAMAR começou nos anos 80 a proteger as tartarugas marinhas no Brasil. Com o patrocínio da Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental, hoje o projeto é a soma de esforços entre a Fundação Pró-TAMAR e o Centro Tamar/ICMBio. Trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Protege cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em 25 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

Tartaruga Tartaruga-verde ou Tartaruga-aruanã

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